O inverno de 2025 no Brasil deverá ser de temperaturas acima da média em grande parte do território brasileiro. É o que aponta a previsão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), por meio do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). A unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) realiza o monitoramento das condições climáticas a partir de dados de estações meteorológicas nacionais e também de centros internacionais.
De acordo com os dados, apesar dos termômetros com marcações mais altas, existe a possibilidade de ocorrência de ondas de frio, incursão de ar frio entre as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e o sul da região Norte do Brasil. “Nesta época do ano é comum, é típico observar este tipo de evento, principalmente nos meses de julho e agosto”, detalhou Caroline Vidal, meteorologista do Grupo Clima, do INPE.
Ainda segundo o INPE, a previsão indica maior probabilidade de chuvas acima da média no norte da região Norte, na região Sul, em parte do Rio Grande do Sul, sendo que na primeira, onde os volumes já costumam ser elevados nesta época do ano, a expectativa é de precipitações ainda mais intensas. Já na área central do Brasil, que está passando pelo período de estiagem, os números apontam a previsão de chuvas ainda abaixo da média ao final do trimestre, julho, agosto e setembro.
“Atenção para essa região, que costuma sofrer com as queimadas e temperaturas elevadas, principalmente entre agosto e setembro”, alertou Caroline Vidal.
Para o Nordeste, o trimestre, na maior parte da região, deve finalizar com chuvas abaixo da média. “Porém, nessa época do ano, a média pluviométrica é elevada, principalmente na faixa leste da região, então não se descartam eventos de chuva mais significativos neste setor da região Nordeste do Brasil, como a gente já pôde observar entre o final de maio e o início de junho”, pontuou a meteorologista do INPE.
Fenômenos climáticos sem interferência
Segundo os dados, o Oceano Pacífico Equatorial apresenta atualmente condições de neutralidade, ou seja, sem a atuação dos fenômenos El Niño ou La Niña. Já no Atlântico Tropical, foi observado um aquecimento das águas na porção mais ao norte, o que pode influenciar o regime de chuvas no norte da região Norte e também no norte do Nordeste do Brasil.
Como são feitas as análises
O INPE realiza o monitoramento das condições climáticas a partir de dados de estações meteorológicas nacionais e também de centros internacionais. Com base nesses dados, são elaborados mapas de anomalias, principalmente de precipitação e temperatura, além da análise da temperatura da superfície do mar nos oceanos, principalmente no Pacífico e no Atlântico, mas também no Índico. Os dados são discutidos mensalmente por especialistas do Instituto, de outros órgãos e por profissionais da área de meteorologia.
Para outros detalhes sobre o inverno de 2025, acesse o www.cptec.inpe.br.