As inscrições para a 1ª Olimpíada Brasileira de Geoinformação terminam em 16 de outubro. Podem participar alunos do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. Além dos certificados de desempenho e menções honrosas para estudantes, professores e colégios, os alunos de escolas públicas premiados concorrem a dez bolsas de Iniciação Científica Júnior (ICJ) com duração de 12 meses, com critérios de inclusão para meninas, negros, indígenas e pessoas com deficiência.
A competição é dividida em três categorias:
– Júnior, alunos do 6º e 7º ano
– Master, alunos de 8º e 9º ano
-Sênior, alunos do ensino médio
Na primeira etapa, os participantes deverão identificar um problema socioambiental de sua comunidade e registrar e usar as geotecnologias e a inteligência artificial para propor soluções futuristas e sustentáveis. Uma comissão científica formada por professores universitários e de escolas públicas e pesquisadores avaliará os trabalhos.
A olimpíada é uma iniciativa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e tem o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência vinculada à pasta.
A geoinformação é a combinação da geografia, tecnologia da informação e análise de dados visando a coleta, processamento, análise e apresentação de dados geográficos, podendo ser encontrado em Geotecnologias, como Sistemas de Informação Geográfica (SIG), o Sensoriamento Remoto e o GPS. “Na olimpíada, com o uso das mais sofisticadas tecnologias da informação você vai cuidar do território, das questões socioambientais, das vulnerabilidades decorrentes dos desastres ambientais e das populações mais vulneráveis”, explica o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (Sedes), do MCTI, Inácio Arruda.
O campo da geoinformação ainda permite a compreensão de fenômenos espaciais, possibilitando a interpretação de padrões e transformações no espaço geográfico. “As olimpíadas são excelentes instrumentos de popularização da ciência e a geoinformação é de extrema importância para que nossos jovens se interessem pelos fenômenos espaciais”, afirma a diretora do Departamento de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica da pasta, Juana Nunes.
Segundo a coordenadora da Olimpíada Brasileira de Geoinformação, Elizabeth de Souza, a competição tem como objetivo traduzir a importância da geoinformação. “Queremos que os alunos desenvolvam a habilidade de perceber a dimensão espacial do lugar em que vivem, observando seu entorno e compreendendo as relações que nele se estabelecem, de forma a se reconhecerem como parte desse espaço”, afirma a especialista. Elizabeth é professora e pesquisadora em geografia da UFRJ.
Para a especialista, a olimpíada é uma forma de ampliar o contato entre a universidade e as escolas, de forma a levar o que é produzido em tecnologia e inovação para as salas de aula. “A olimpíada é uma forma divertida de desafiar o olhar desses alunos, de premiar as escolas, os professores e os alunos, mas também aproximar mais a academia das escolas, a partir da oferta de cursos, cursos de aperfeiçoamento, atividades que a gente possa construir com esses parceiros ao longo do tempo, publicações”, finaliza.
Para mais informações, acesse o site da Olimpíada Brasileira de Geoinformação.






