Durante encontro online realizado com a imprensa essa semana, especialistas da consultoria francesa Capgemini apontaram as cinco principais tendências de consumo que devem alterar o varejo em 2026. Os executivos compartilharam dados inéditos do relatório What Matters Most to Consumers 2026, que deve ser lançado apenas em janeiro de 2026.
Participaram da conversa Sharon Gai, ex-executiva do Alibaba e palestrante internacional sobre IA e inovação, que moderou o painel de especialistas em consumo e varejo da Capgemini Global. São eles: Dreen Yang, líder global de produtos de consumo e varejo, Mark Ruston, líder global de varejo e Jessica Leitch, líder da frog (agência de experiências e design da Capgemini) para a América do Norte.
As cinco tendências são:
- Momentos substituem mercadorias
Os especialistas destacam como os consumidores têm priorizado experiências proporcionadas pelas marcas, mesmo que isso signifique reduzir compras de produtos. Também comentaram que um dos principais desafios do varejo atual é incluir isso em suas ofertas e entregar o que os consumidores, principalmente de gerações mais jovens, esperam receber.
Entre os exemplos citados estão o de marcas de luxo como Louis Vuitton, que abriu cafés em lojas físicas, e marcas de perfume criando seções de bebidas não alcoólicas. Premiações e gamificação também são usados para atrair e engajar clientes.
- Marcas próprias e fidelidade
Anteriormente vistas como “opção de baixo custo”, as marcas próprias se tornaram escolha preferencial para grupos antes improváveis, incluindo a geração Z e compradores de alta renda. Alguns varejistas estão diferenciando suas marcas próprias por meio de investimentos significativos em branding, design, embalagens, qualidade de produto e inovação, disseram os especialistas.
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Dados do relatório que será lançado em janeiro apontam que as principais categorias de produtos com mais participação de mercado das marcas próprias são alimentos e mantimentos (53%), produtos de uso domésticos (38%) e vestuário e acessórios (34%).
- Futuro sem busca
Os especialistas da Capgemini acham que o futuro do varejo é “sem busca”, ou seja, a maneira como as pessoas descobrem e compram produtos está mudando por causa da IA. Mecanismos de recomendação de IA, agentes de compras de IA e a descoberta dentro de aplicativos (in-app discovery) estão influenciando os consumidores.
Segundo a pesquisa, 46% dos consumidores efetuam compras com base nas recomendações de chatbot de IA, e 66% estão preocupados com o uso da IA generativa em relação aos anúncios enganosos sobre produtos e serviços.
- IA invisível
Outra tendência é que a atuação da IA já se tornou esperada, não mais uma novidade para os consumidores. Outro dado inédito do estudo aponta que 63% dos consumidores desejam que as ferramentas de IA gerem resultados que permeiem plataformas de busca, mídia social e websites de varejistas, e sejam capazes de oferecer uma lista consolidada de opções de compra.
Segundo os especialistas, sites, aplicativos e interfaces não são mais páginas ou telas estáticas, mas sim sistemas dinâmicos e adaptativos que aprendem a partir de cada interação e respondem em tempo real.
- Confiança e lucro
Os especialistas afirmam que a confiança se tornou diferenciador central no varejo, sendo difícil de conquistar e fácil de perder. O novo paradigma da confiança, dizem, diz que as margens no varejo não são mais construídas com base em eficiência e volume, mas pela confiança.
Dados do estudo indicam que 67% dos consumidores esperam preços justos praticados por varejistas exclusivamente online, e 53% acreditam que as lojas físicas oferecem preços justos. No entanto, apenas para 36%, varejistas especializados oferecem preços justos.
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