Das águas amazônicas às praias do Sul, a SNCT 2025 aproxima o público do universo da ciência — Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Das águas amazônicas às praias do Sul, a SNCT 2025 aproxima o público do universo da ciência — Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação


Ainda conhecemos pouco do que se esconde nas profundezas do oceano, e cada gota d’água guarda segredos que a ciência nos convida a desvendar. É esse espírito de descoberta que marca a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que segue até domingo (26), em Brasília (DF), e se espalha por as regiões do País. Com o tema Planeta Água: a Cultura Oceânica para Enfrentar as Mudanças Climáticas no Meu Território, o evento aproxima comunidades, escolas e centros de pesquisa, mostrando como cada unidade federativa está se engajando em ações para explorar e cuidar melhor de seus rios e mares. 

“Hoje, ela é o maior evento de popularização da ciência do Brasil, um verdadeiro patrimônio que cresce e se fortalece com a participação ativa de todos os estados, unindo o País em torno da educação, da pesquisa e da inovação. É a celebração do conhecimento acessível”, destacou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, durante a abertura, na segunda-feira (20) reforçando o caráter nacional da SNCT e a importância da ciência como ferramenta de transformação social. 

Com expectativa de alcançar mais de 100 mil pessoas, de acordo com a Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (Sedes), do MCTI, a semana combina experiências interativas, feiras, palestras, exposições e laboratórios temáticos. Em Brasília, a Esplanada dos Ministérios recebe o público com espaços como o Auditório Oceano, o Laboratório das Marés e a cúpula do Oceanário do Sesc-DF, que promovem experiências imersivas e debates sobre oceanos, mudanças climáticas e cultura científica.  

Pelo País, estados e cidades também entram na SNCT com atividades que conectam estudantes, pesquisadores e comunidade, mostrando como a ciência se faz presente no dia a dia e desperta curiosidade em todas as idades. Vale conferir de perto algumas das descobertas e experimentos que estão surgindo em cada região. 

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus (AM), oferece oficinas, exposições e seminários sobre aquicultura, biodiversidade e inteligência artificial aplicada à restauração florestal, envolvendo mais de 2,8 mil estudantes. Entre os parceiros, destacam-se o Projeto Gavião-real e a Associação dos Amigos do Peixe-Boi, que aproximam ciência e comunidade. 

Também no Amazonas, em Tefé, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) reúne exposições, oficinas e atividades educativas para a valorização dos saberes tradicionais da Amazônia. As mostras interativas ocupam diferentes espaços do instituto, abordando temas como as transformações geológicas da floresta, a biodiversidade dos rios e o papel da Amazônia na regulação do clima global. 

Em Roraima (RR), estudantes de Rorainópolis e Uiramutã participam de atividades do campus da UFRR, enquanto comunidades indígenas em Bonfim e Alto Alegre recebem oficinas de foguetes e exposições científicas. Palestras noturnas em Boa Vista e a entrega do título honoris causa ao pesquisador Reinaldo Imbrozio Barbosa destacam a articulação entre universidade, ensino básico e sociedade. 

No Amapá (AP), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Macapá concentra a programação, que combina debates sobre agricultura espacial, biodiversidade amazônica e impactos da crise climática na foz do Rio Amazonas, com exposições interativas e videoclipes produzidos por estudantes do Programa Afrocientista. 

O Instituto Federal do Amazonas (Ifam), em Manaus (AM), reúne oficinas, minicursos e atividades de conscientização sobre os recursos hídricos e a ciência oceânica, conectando estudantes às pesquisas da Década da Ciência Oceânica da Organização das Nações Unidas (ONU) e incentivando a reflexão sobre o papel da floresta e das águas amazônicas na preservação do planeta. 

Durante a abertura da SNCT na Bahia (BA), o governador Jerônimo Rodrigues lançou o edital do Prêmio Bahia Faz Ciência de Jornalismo, que vai reconhecer profissionais e veículos de comunicação que contribuem para a divulgação científica e tecnológica no estado. A iniciativa foi apresentada juntamente com o lançamento da nova edição da Revista Bahia Faz Ciência e a posse do Comitê Intersetorial PopCiência Jovem. Além de Salvador, há eventos da SNCT programados em diversos municípios baianos, como Camaçari, Itaparica, Juazeiro e Lençóis. 

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) está promovendo oficinas, palestras e sessões do Planetário, abordando a cultura oceânica e os impactos das mudanças climáticas nos territórios locais, incluindo discussões com grupos como o Projeto Baleia Jubarte e o Núcleo de Socioecologia Marinha – Somar. 

O campus Recife do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) recebe a 22ª SNCT com oficinas, minicursos e a 13ª Mostra de Extensão, aproximando ensino, pesquisa e comunidades litorâneas. As atividades estimulam debates sobre sustentabilidade costeira e preservação de ecossistemas marinhos, além de promover projetos inovadores dos estudantes. 

O Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) recebe em Recife (PE) a etapa regional da 22ª SNCT, com o tema Do Nano à Inteligência Artificial. O evento reúne cem estudantes de escolas públicas da capital pernambucana, oferecendo acesso a pesquisas em bioplásticos, hidrogênio verde e monitoramento ambiental, além de programas como Futuras Cientistas, Programa Mata Atlântica e IncubaScience. 

O Ceará também está movimentando a SNCT, mobilizando estudantes, pesquisadores e a comunidade em uma série de atividades que conectam ciência, tecnologia e sociedade. Até novembro, universidades, institutos federais e centros de pesquisa promovem exposições, palestras, oficinas e minicursos sobre a cultura oceânica, enquanto a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação reforça a participação com os editais Ceará Faz Ciência e o Salão do Inventor Expedito Parente, premiando estudantes e inventores locais e incentivando inovação, criatividade e soluções aplicadas ao território. 

No Maranhão (MA), a SNCT 2025 reúne 23 parceiros no Centro de Convenções da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), oferecendo oficinas de robótica, impressão 3D, informática básica, mostras científicas e atrações culturais, com expectativa de 2 mil visitantes por dia. Na abertura, a Fundação de Amparor à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do estado (Fapema) anunciou R$ 10,5 milhões em três editais: R$ 2 milhões para infraestrutura de pesquisa, R$ 7 milhões para projetos tecnológicos inovadores e R$ 1,5 milhão para preservação de acervos culturais. 

O campus A.C. Simões da Ufal, em Alagoas (AL), se transforma, até domingo, em um laboratório aberto à população, com oficinas de astronomia, robótica, drones e impressão 3D. Atividades em Marechal Deodoro e São Miguel dos Campos reforçam a ciência como ferramenta de transformação social e ambiental, enquanto a capital Maceió recebe a Semana Tech, com oficinas de empreendedorismo e economia digital. 

Na Paraíba (PB), Campina Grande concentra a programação da SNCT, com cursos gratuitos de capacitação tecnológica, o Recicla Tech e a Lan House Social Campina, aproximando estudantes, empreendedores e comunidade do universo científico e promovendo inovação com impacto social. 

O Piauí (PI) mobiliza a Universidade Federal (UFPI), em Picos e Teresina, com palestras, feiras, oficinas e a conferência magna Planeta Água, destacando o papel da ciência na preservação dos recursos hídricos e mitigação dos impactos ambientais na região. 

Já no Rio Grande do Norte, as atividades ocorrem no município de Macaíba com a Feira de Ciências e Mostras Científicas do Instituto Santos Dumont (ISD). O evento reúne estudantes de escolas públicas e privadas no Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS) para apresentações de trabalhos, oficinas e experimentos voltados a temas como neurociências, neuroengenharia, cultura oceânica e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A proposta é ampliar o alcance das pesquisas escolares e estimular o diálogo entre ciência e educação, promovendo a troca de experiências entre alunos, professores e pesquisadores. 

O Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá (MT), recebe a programação de Mato Grosso, com oficinas, palestras, exposições e competições. Segundo a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia do estado, durante a semana serão premiados até R$ 40 mil a pesquisadores, além do lançamento da 4ª edição da revista científica Educação C&T, reunindo artigos de mais de 90 autores. 

Em Mato Grosso do Sul (MS), o Instituto Federal do estado (IFMS), no campus de Aquidauana, promove minicursos, exposições científicas e apresentações culturais, estimulando o diálogo sobre sustentabilidade, inovação e o papel da ciência no cotidiano. 

O Instituto Federal de Goiás – Campus Goiânia, integra a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia à programação da SNCT, com oficinas, palestras e exposições sobre saneamento, mudanças climáticas e preservação de recursos naturais, envolvendo estudantes, pesquisadores e comunidade em atividades práticas e interativas. 

A Universidade Estadual de Tocantins (Unitins), em Palmas (TO), promove a III Semana de Ciência, Tecnologia e Inovação, incluindo o anúncio do Parque Tecnológico do Tocantins, investimentos em infraestrutura e eventos culturais, como mostras de projetos de pesquisa e festivais culinários, conectando inovação, sustentabilidade e ciência aplicada. 

Em São Paulo (SP), a SNCT se espalha entre São Vicente, capital e Piracicaba, com oficinas, exposições, laboratórios e certificação de escolas que desenvolvem projetos em cultura oceânica, aproximando ensino, pesquisa e gestão ambiental. O Museu Itinerante de Biologia Marinha percorre escolas da região, reforçando o aprendizado prático. 

Em São José dos Campos (SP), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) celebra a Semana com uma programação que transforma o conhecimento em experiência, de 19 a 25 de outubro. O destaque é o Inpe Portas Abertas, que encerra a semana com visitas aos laboratórios e exposições do instituto, permitindo que os visitantes conheçam de perto maquetes de satélites, telescópios e experimentos científicos. 

O Espírito Santo (ES) promove a 1ª Mostra de Ciências em Colatina e a XIII Semana de Ciência e Tecnologia do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) em Cariacica, incluindo planetário, experiências de realidade virtual e palestras sobre sustentabilidade e cultura oceânica, mobilizando mais de 5 mil pessoas, de acordo com o Governo do estado. 

Minas Gerais (MG) envolve diversos campi do Instituto Federal do estado (IFMG), com oficinas, palestras, mostras culturais e a I Feira de Ciências e Saberes, premiando projetos inovadores e fortalecendo a relação entre ciência, sociedade e território. 

No Rio de Janeiro (RJ), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Jardim Botânico recebem oficinas, exposições, visitas guiadas e palestras sobre preservação de recursos hídricos, biodiversidade marinha e cultura oceânica. Segundo o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, entre as atrações estão a baleia inflável de 16 metros, oficinas de argila e jogos educativos, conectando ciência, inovação e educação ambiental, além disso, o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) realizou mais uma edição do Cetem de Portas Abertas. Durante dois dias, os visitantes participaram de demonstrações e atividades interativas. 

Ainda no Rio de Janeiro, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) participam da 22ª SNCT com atividades que aproximam o público da pesquisa e da inovação. O INT promove, nos dias 22 e 23, o INT de Portas Abertas, que convida visitantes de todas as idades a conhecer projetos que unem ciência, sustentabilidade e desenvolvimento — como bioprodutos do mar e da terra, geração de biogás, tratamento de água e novos materiais que reduzem impactos ambientais. 

Já o Mast, de 22 a 25 de outubro, transforma seus espaços em um grande observatório de curiosidades científicas, com observações astronômicas, lançamentos de foguetes, sessões inclusivas de planetário, quiz sobre mudanças climáticas e visitas mediadas, tudo inspirado no tema Planeta Água: a Cultura Oceânica para Enfrentar as Mudanças Climáticas no meu Território. 

O Instituto Federal de Santa Catarina Campus Tijucas (IFSC-Tijucas) promove atividades que conectam ciência, cultura e comunidades tradicionais, com oficinas, palestras e apresentações de Boi de Mamão, Mar de Histórias e ações em Quilombo do Valongo, reforçando a integração entre água, território e cultura oceânica. 

No Rio Grande do Sul (RS), a Universidade Federal do Rio Grande (FURG) tem uma programação repleta de feiras científicas, hackathons e apresentações culturais em cidades como Rio Grande, Santo Antônio da Patrulha, São Lourenço do Sul e Santa Vitória do Palmar, abordando gestão das águas, inclusão social e valorização da ancestralidade. 

Cada ação nos estados é como uma gota que, juntas, formam um oceano de descobertas. Oficinas, exposições, palestras e experiências imersivas conectam estudantes, pesquisadores e comunidade, mostrando que a ciência está presente em cada canto do Brasil e em cada aspecto do nosso cotidiano. É um convite para mergulhar no universo do conhecimento e explorar curiosidades. 

A SNCT é  promovida pelo MCTI, sob a coordenação da Sedes, e conta com o patrocínio de Financiadora de Estudos e Projetos (Finep); Huawei do Brasil Telecomunicações Ltda; Caixa Econômica Federal; Positivo Tecnologia S.A.; Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT); Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB); Conselho Federal de Química (CFQ); Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur); Comitê Gestor da Internet no Brasil / Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (CGI.br e NIC.br) e Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (Aiab). 





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