A segunda fase da consulta pública do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia (PNDBio) será finalizada neste sábado (4). Essa é a principal ferramenta para planejar os rumos e definir as prioridades nacionais para os próximos 10 anos.
Elaborado pela Comissão Nacional de Bioeconomia (CNBio), a iniciativa visa transformar a biodiversidade em base para o desenvolvimento sustentável, aproveitando a biodiversidade brasileira, a matriz energética renovável, os conhecimentos tradicionais e a infraestrutura científica consolidada. A comissão é composta por 17 ministérios, incluindo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e 17 entidades da sociedade civil.
“Com o potencial do Brasil para o desenvolvimento da bioeconomia, podemos promover uma transformação ecológica de nossa economia e sociedade. Com isso, poderemos não somente conduzir o País para uma economia mais justa, inclusiva e sustentável como também que atue para a restauração e regeneração de áreas degradadas e o desenvolvimento de novos sistemas produtivos regenerativos, por exemplo”, destaca a secretária de Políticas e Programas Estratégicos (Seppe) e representante titular do MCTI junto à CNBio, Andrea Latgé.
O PNDBio é composto por sete missões, que abrangem desde produtos de saúde, como fitoterápicos e cosméticos, até soluções industriais avançadas, incluindo biocombustíveis e bioquímicos renováveis, passando pela produção sustentável e diversificada de biomassas e pelo fortalecimento da sociobioeconomia. Na consulta, serão abordadas as missões ligadas às biomassas e à biomanufatura industrial.
Entre as metas estão ampliar a participação de produtos fitoterápicos no mercado nacional, implementar biorrefinarias em cooperativas rurais, aumentar a produção de insumos químicos renováveis em parques industriais e diversificar espécies cultivadas tendo a biodiversidade nativa como ativo e fonte de recursos. “Com o plano, poderemos promover uma transformação ecológica de nossa economia e sociedade, gerando as condições para um novo ciclo de industrialização baseado em recursos biológicos e renováveis invés de recursos fósseis e finitos”, finaliza a secretária.
A ideia é que o PNDBio promova uma bioeconomia inclusiva, justa e sustentável e esteja de acordo com os Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia do G20, acordados em 2024 durante a Presidência Brasileira do G20. O plano estabelecerá metas e indicadores específicos para o período de 2025-2035, orientando investimentos e políticas públicas para consolidar a bioeconomia do País.
O documento compõe o Plano de Transformação Ecológica (PTE) do Governo do Brasil e dialoga com outras iniciativas estratégicas, como o Plano do Clima e a Nova Indústria Brasil (NIB).
Participe da consulta pública.